Reencarnação Maldita - (Novel) - Capítulo 80
Capítulo 80: Genos Lionheart (2)
Depois que Genos escoltou Eugene para baixo, disse para ele esperar um pouco e depois saiu para ir em algum lugar.
Voltou em pouco tempo, segurando um buquê de flores silvestres em uma mão e uma garrafa de vinho na outra. Eugene não tinha ideia do que esse cara estava tentando fazer com isso e apenas olhou para Genos com uma expressão confusa.
— A estátua? — Genos pediu.
— Ah, sim. — Eugene concordou rapidamente.
Sem fazer perguntas, por mais que quisesse, Eugene puxou a estátua e a pedra memorial de seu manto.
Imediatamente, um rastro de lágrimas começou a escorrer dos olhos injetados de sangue de Genos mais uma vez. Não importa como se olhasse, não havia como essas lágrimas serem causadas apenas por conjuntivite.
Depois que Genos olhou para a estátua e a pedra memorial por algum tempo, ele inclinou a cabeça e se ajoelhou. Então, com uma mão cuidadosa, colocou o buquê de flores e a garrafa de vinho na frente da pedra.
Em seguida, Genos primeiro encheu um copo até a borda com o vinho e o colocou na frente da pedra memorial. Então serviu um copo para si mesmo e bebeu o vinho sozinho.
Olhando para essa cena, Eugene sentiu que não tinha escolha a não ser considerar seriamente a pergunta: “Esse maldito realmente pode ser meu descendente?”
Mas não poderia ser. Este era Genos Lionheart. Ele era o Capitão da Segunda Divisão dos Cavaleiros Leão Negro e definitivamente era descendente de Vermouth.
Eugene começou a especular: “Um descendente que eu nem conhecia… Se casou com um dos descendentes de Vermouth para produzir esse pirralho…? Não, não tem como isso acontecer. Eu definitivamente nunca tive filhos.”
Não era como se Hamel não tivesse nenhuma experiência com mulheres, mas ele nunca deixou nenhum filho para trás. Além disso, depois de se tornar um dos companheiros de Vermouth, ele nunca tinha dormido com uma mulher. Sienna e Anise mantinham os olhos bem abertos ao lado dele sempre que a possibilidade surgia, Vermouth e Moron nunca demonstraram interesse em sair para se divertir à noite, e Hamel também não era do tipo que se esgueirava e aproveitava a vida noturna.
Não importava o quanto ele pensasse, isso significava que não havia como ele ter deixado para trás quaisquer descendentes. Mas então, o que esse maldito estava fazendo, oferecendo flores e álcool na frente da estátua de Hamel e da pedra memorial enquanto chorava?
— Ahem. — Depois de assistir ao Genos por mais alguns momentos, Eugene soltou uma tosse baixa.
Durante esse curto período de tempo, Genos esvaziou completamente todo o álcool da grande garrafa de vinho que trouxe consigo.
“Esse desgraçado mal-educado. Ele só me ofereceu um pouco de vinho e então bebeu o resto sozinho?
Embora Eugene tivesse esse pensamento, honestamente falando, ele não estava descontente com tudo isso. Eugene acalmou com força suas bochechas trêmulas e olhou para as costas de Genos.
— Sir Genos… Hum… Que tipo de relacionamento você tem com Sir Hamel? — Eugene finalmente fez a pergunta que o estava queimando por dentro.
— …
Genos, que estava chorando baixinho sem soltar nenhum soluço, virou a cabeça para Eugene.
Enquanto enxugava as lágrimas que escorriam pelo rosto com as costas da mão, ele soltou um longo suspiro.
— Sou discípulo de Sir Hamel. — Revelou Genos.
Que tipo de conversa maluca era essa?
Eugene mal conseguiu engolir o grito antes que pudesse sair de seus lábios. Então olhou para trás através de todas as memórias de sua vida anterior.
Um discípulo? Em sua vida passada, ele nunca aceitou alguém como seu aluno. Durante o tempo em que se tornou famoso como mercenário, algumas pessoas foram até ele, pedindo para aprender como usar uma espada ou como sobreviver no campo de batalha; naquela época, porém, Hamel estava tão bêbado de autossatisfação que não tinha intenção de carregar o fardo de alguém menos talentoso do que ele, muito menos ensiná-los.
— Hum… Não tenho certeza se entendi o que Sir Genos está falando. Sir Hamel é alguém que morreu há trezentos anos, não é? Pelo que sei, ele não deixou descendentes, nem teve discípulos para transmitir seus ensinamentos. — Ressaltou Eugene.
— A rigor, o que aprendi não vem diretamente de Hamel. — Admitiu Genos prontamente.
Mas então por que ele estava se chamando de discípulo de Hamel?
— Como acontece com todos os ramos colaterais, não é surpresa que minha linhagem familiar também tenha se separado da linhagem direta. Mas meu ancestral distante é o segundo filho de Vermouth. — Revelou Genos.
Trezentos anos atrás, Vermouth teve mais de dez parceiras e criou muitos filhos. Isso marcou o início do clã Lionheart. Não se sabia o que Vermouth estava pensando, mas depois de um certo ponto, ele começou a considerar seriamente como preservar sua linhagem e garantir a pureza dela; felizmente para ele, entre seus muitos filhos, o filho mais velho de Vermouth era inquestionavelmente o melhor.
Na verdade, mesmo que o filho mais velho não fosse tão excepcional quanto ele, não teria sido um grande problema. Porque enquanto Vermouth estivesse determinado a que seu filho mais velho o sucedesse e fornecesse sua orientação pessoalmente, mesmo que tivesse nascido aleijado, Vermouth teria sido capaz de incutir nele habilidades incomparáveis que o tornariam incomparável aos outros irmãos.
Enfim, o filho mais velho havia assumido com sucesso como o próximo Patriarca depois de Vermouth, e seus muitos irmãos deixaram a propriedade principal para fundar seus próprios ramos colaterais.
Genos continuou sua explicação:
— Meu ancestral pode não ter conseguido se tornar o Patriarca, mas parece que nosso grande ancestral ainda cuidou bem dele. De acordo com as tradições da família, meu ancestral não tinha permissão para passar a Fórmula da Chama Branca para seus próprios filhos, mas ele conseguiu transmitir um legado diferente.
— E o que isso tem a ver com se chamar discípulo de Hamel? — Eugene persistiu.
— O Grande Vermouth ensinou as técnicas de Sir Hamel para meu ancestral. — Genos finalmente revelou enquanto enxugava os olhos úmidos e levantava a cabeça com orgulho.
Incapaz de pensar no que dizer, Eugene só conseguia mover os lábios silenciosamente.
Eventualmente, ele ofegou.
— As técnicas de Sir Hamel?!
— Tem uma coisa que eu gostaria de te perguntar. — Genos disse enquanto se levantava, segurando a garrafa de vinho vazia: — Por acaso, será que você descobriu um manual secreto escrito por Sir Hamel em seu túmulo?
— Hã? — Eugene grunhiu em confusão.
— Naquela hora, eu estava observando você e a Senhora Carmen se enfrentarem. — Genos confessou: — Na verdade, não foi longo o suficiente para ser chamado de confronto sério, mas foi o suficiente para eu ter um vislumbre de suas habilidades absurdas.
— Então o que você está tentando dizer? — Eugene pediu esclarecimentos.
— A técnica que você usou para desviar os punhos dela. — Genos respirou fundo antes de continuar: — S-Se parecia quase idêntico a uma das técnicas de Hamel que foi transmitida pelo ancestral fundador de nossa família. Mas entre os muitos ramos do clã Lionheart, a nossa é a única família que deveria ter herdado as técnicas de Sir Hamel.
— …
Eugene ficou em silêncio.
— É uma técnica inimitável que não pode ser usada sem profunda compreensão e controle de mana, juntamente com um instinto genial para a batalha. Não acreditei quando vi você usá-la mais cedo, mas se esteve no túmulo de Sir Hamel… Então não está completamente fora de questão. Se por acaso você obteve o manual secreto de Sir Hamel de seu túmulo, tudo faz sentido. — Genos parecia confiante em sua teoria.
A cabeça de Eugene estava girando em círculos. Então, o que Genos estava dizendo era que trezentos anos atrás, aquele Vermouth desgraçado havia decidido por sua própria vontade ensinar as técnicas de Hamel a seus descendentes?
“Aquele filho da puta. Se fosse ensiná-las, deveria pelo menos ter ensinado ao sucesso; por que ensiná-las ao seu segundo filho que nem conseguiria se tornar o Patriarca?’
Bem, agora que suas técnicas já haviam sido ensinadas sem sua permissão, não importava se Eugene aceitava ou não essa decisão. Suavizando sua expressão distorcida, Eugene olhou Genos nos olhos.
Depois de se acalmar, Eugene perguntou:
— Não me importo de responder suas perguntas, mas há algo que não consigo entender. Por que nosso grande ancestral passou as técnicas de Sir Hamel para seu segundo filho, aquele que não conseguiria se tornar o Patriarca?
Eugene não sentia que poderia simplesmente permitir que suas dúvidas e reclamações fossem enterradas. Ele não tinha certeza se Genos, um descendente distante, saberia a resposta, mas por enquanto Eugene decidiu tentar perguntar.
— Porque a linha direta não precisa dessas técnicas. — Respondeu Genos.
— Então era porque as técnicas de Sir Hamel eram vistas como inferiores à Fórmula da Chama Branca? — Eugene questionou ressentido.
Genos assentiu com satisfação:
— De fato, você realmente descobriu os manuais secretos de Sir Hamel.
Como suas palavras foram distorcidas em uma confirmação das suspeitas de Genos? Eugene olhou para Genos sem expressar nenhuma objeção, mas Genos apenas assentiu, confiante de que seu palpite estava correto.
— Se não fosse esse o caso, você não teria motivos para demonstrar tanta irritação por causa dessa escolha. — Apontou Genos.
“Seu filho da puta, a ‘razão pela qual eu tenho que mostrar tanta irritação’ é porque EU SOU HAMEL!” Eugene mal engoliu o grito de raiva que estava prestes a explodir de sua garganta. Como era impossível para ele revelar seus segredos descaradamente, no entanto, Eugene decidiu apenas permitir que o mal-entendido de Genos não fosse contestado.
Genos de repente mudou de assunto.
— Hoje em dia, os Cavaleiros Leão Negro estão por perto para cuidar das bagunças sujas do clã, mas você sabe quem teria desempenhado esse papel trezentos anos atrás?
— Hã? — Eugene grunhiu.
— À medida que o clã passou por várias gerações e o número de membros do clã aumentou, o número de elementos dissidentes inevitavelmente aumentou na mesma proporção. Logo, houve aqueles que se provaram indignos de reivindicar ser descendentes de nosso grande ancestral. O ancestral do meu ramo da família foi o primeiro Leão Negro a ser encarregado de punir tais tolos. — Revelou Genos.
Eugene entendeu o que Genos estava insinuando com essas palavras.
Então Vermouth pegou seu segundo filho, que não conseguiria se tornar o Patriarca… E o criou como um cão de caça para manter a família principal e os outros ramos colaterais na linha.
Mesmo que os Cavaleiros Leão Negro pudessem ser chamados de uma ordem de cavaleiros ou qualquer outra coisa, em sua essência, eles eram apenas cães de caça ferozes.
Eugene não pôde deixar de ficar perdido em pensamentos por um momento, imaginando o que ele deveria sentir sobre essa revelação.
“Isso significa que Vermouth decidiu que, com minhas técnicas, aqueles cães de caça seriam capazes de enfrentar os usuários renegados da Fórmula da Chama Branca tanto da linhagem direta quanto das colaterais.”
Ou pelo menos era assim que Eugene poderia pensar se quisesse dar um toque positivo nas seções de Vermouth; de um ponto de vista negativo, Vermouth tinha acabado de passar as habilidades de seu falecido amigo para seus cães de caça de estimação, a fim de torná-los predadores mais eficientes.
“Aquele desgraçado podre. Se você fosse me ferrar assim, poderia pelo menos ter feito seus filhos colocarem uma estátua minha em suas casas.” — Reclamou Eugene enquanto tentava acalmar a irritação que fervia dentro dele.
Genos não tinha mais nada a dizer enquanto olhava calmamente para o rosto de Eugene e esperava por uma resposta.
— Sobre as técnicas que sua família herdou de Hamel… Não foi só a aparar, foi? — Eugene sondou.
— Ignição. — Disse Genos abruptamente, sem nenhum aviso.
Ao fazer isso, Genos esperava provocar uma reação de Eugene, mas o rosto de Eugene não mostrou nenhum sinal de surpresa.
“Vermouth, seu filho da puta.” Embora por fora ele não mostrasse nenhuma reação, por dentro, Eugene estava mastigando Vermouth verbalmente.
Por enquanto, ele decidiu fingir ignorância.
— E o que é isso exatamente?
— É uma técnica em que você acelera intencionalmente a mana em seu núcleo. — Explicou Genos: — Por causa de seus perigos, a técnica raramente é usada.
Tendo confirmado o que queria saber, Eugene perguntou:
— Por que você está interessado em saber se havia um manual secreto?
— Se você tem um manual secreto em sua posse, peço que me entregue. — Genos respondeu honestamente.
— E por que eu deveria, hipoteticamente, entregá-lo a você? — Eugene continuou pressionando.
Genos repetiu:
— Já disse isso antes, mas as técnicas de Hamel são extremamente difíceis de aprender. Mesmo que você possa ver através da teoria por trás delas, seria difícil para imitá-las com seu corpo. Também não é tão fácil ensiná-las. No entanto, se você encontrou um manual secreto, então eu poderia—
— Para começar, vamos esclarecer a ordem de senioridade. — Disse Eugene, interrompendo Genos de repente: — De um certo ponto de vista, você poderia dizer que sou discípulo direto de Sir Hamel, então se nos colocarmos na ordem de senioridade, isso não significaria que sou de uma posição superior a Sir Genos?
— O quê? — Genos murmurou em confusão.
— Isso significa que sou o discípulo sênior, e você, Sir Genos, é o discípulo júnior. Embora você possa ter nascido algumas décadas antes de mim, se realmente se considera discípulo de Sir Hamel, então precisa me aceitar como seu Irmão Sênior. — Insistiu Eugene.
— O que você está dizendo de repente…? Calma. Você quer dizer que realmente havia um manual secreto no túmulo de Sir Hamel? — Genos pegou avidamente as dicas de Eugene.
Mas Eugene rapidamente o decepcionou.
— Eu queimei depois de memorizar.
— O quê? Por quê?! — Genos explodiu em protesto.
— Se eu não fizesse isso, então o que mais eu deveria fazer com aquilo? Você não me ouviu falar sobre a situação antes? Quase morri naquele túmulo. Já foi um golpe de sorte que eu consegui encontrar — Eugene fez uma pausa de culpa: — aquele manual secreto. Eu estava arriscando minha vida lutando contra um Cavaleiro da Morte, lembra?
Essas palavras fizeram os olhos de Genos vacilarem em choque.
— Espera aí. Isso significa que você foi capaz de usar a técnica de defesa de Sir Hamel apenas alguns dias depois de descobrir o manual secreto? — Genos questionou incrédulo.
— Sempre fui bom em aparar. — Disse Eugene como explicação.
— Isso é ridículo. — Genos rejeitou a desculpa: — O aparar de Sir Hamel é uma técnica completamente diferente do comum—
— Parece que você não sabe muito sobre mim, mas deve estar ciente de que eu fui excepcional o suficiente para ser adotado na família principal, e sou o gênio mais jovem entre todos os gênios que receberam permissão para entrar em Acryon. — Embora tenha sido um pouco vergonhoso fazer essas afirmações com seus próprios lábios, tudo o que Eugene havia dito era verdade: — Então, o que você vai fazer? Se Sir Genos me aceitar como seu Irmão Sênior, então eu estaria disposto a comparar o manual secreto que guardei em minha cabeça com as técnicas pertencentes a Sir Hamel que foram transmitidas pela família de Sir Genos. Dessa forma, você poderá preencher qualquer conteúdo ausente.
Incapaz de pensar no que dizer, os lábios de Genos se torceram silenciosamente.
No início, Eugene se sentiu ofendido por esse cara que dizia ser seu discípulo, quando nunca havia concedido a ele o direito de fazê-lo. Mas dito isso, Eugene não conseguia não gostar de Genos. Afinal, não era ele a única pessoa neste mundo que estava levando adiante o legado de Hamel?
“Ele até me ofereceu flores e derramou lágrimas por mim”, lembrou Eugene com gratidão.
A partir disso, parecia que Genos realmente admirava Hamel e o respeitava como seu mestre. Por causa daquele maldito conto de fadas, Hamel foi desprezado e chamado de ‘Hamel, o Tolo’ por centenas de anos, então Eugene não pôde deixar de se sentir satisfeito por encontrar alguém que ainda respeitava Hamel o suficiente para se considerar seu discípulo.
— Você realmente poderia ter memorizado todo aquele manual secreto? — Genos perguntou desconfiado.
— Se você não acredita em mim quando digo isso, por que se incomoda em perguntar? Apenas confie em mim. — Eugene exigiu.
Lembrado de como Amelia Merwin continuou sondando-o, Eugene não pôde deixar de ficar irritado ao pensar em como aquela maldita cadela havia falado com ele tão rudemente.
— Preciso te chamar de meu Irmão Sênior na frente dos outros? — Genos perguntou hesitante.
Esta era uma questão muito importante para Genos. Mesmo entre os Cavaleiros Leão Negro, Genos era famoso por ser rigoroso e difícil de lidar, e como Patriarca de seu próprio ramo familiar, ele precisava proteger sua reputação também.
— Se isso acontecer, também serei colocado em uma posição problemática, pois posso ser questionado à força sobre nosso relacionamento… Você pode deixar isso para quando estivermos só nós dois. — Eugene permitiu caridosamente.
— Hum… — Genos soltou um zumbido baixo quando caiu em pensamentos.
Depois de considerar isso por um tempo, Genos finalmente acenou com a cabeça e disse em um tom muito envergonhado.
— Irmão Sênior…
— Boa escolha, irmão mais novo. Mas por quanto tempo você vai me deixar esperando aqui? Disse que ia me guiar até o meu quarto, então quando exatamente você planeja me mostrar o caminho até lá? — Eugene imediatamente aceitou a denominação sem qualquer sensação de desconforto enquanto colocava a estátua e a pedra memorial de volta em seu manto.
As bochechas de Genos se contraíram com a rápida mudança de atitude de Eugene de respeitoso para condescendente. No entanto, não se atreveu a atacar Eugene, então apenas rangeu os dentes de raiva.
— Você estava rangendo os dentes agora? Minha atitude te incomoda? Você não acha que está sendo um pouco desrespeitoso demais com seu Irmão Sênior? — Eugene foi rápido em criticar seu recém-descoberto irmão mais novo.
Genos relutantemente soltou.
— Minhas desculpas….
— Entendo que isso pode ser um pouco constrangedor e difícil de se adaptar no início, Irmão Júnior. No entanto, espero que você se acostume o mais rápido possível. — Encorajou Eugene.
— …
Genos apenas manteve seu silêncio.
Eugene o instigou mais uma vez:
— Então, quando exatamente você vai começar a me levar para o meu quarto?
O quarto de Eugene ficava na frente do castelo, separado dos quartos onde residiam os Cavaleiros Leão Negro e os Anciãos do Conselho. Como levaria mais alguns dias para Cyan finalmente chegar ao Castelo dos Leões Negros, até então, os únicos que residiam naquela seção do castelo eram Eugene e os servos do castelo.
— Vamos começar com você recitando todas as técnicas que foram passadas através de sua família, irmão mais novo. — Disse Eugene assim que chegaram ao seu quarto e ele se sentou confortavelmente.
— Há um total de dez técnicas que foram passadas do fundador de nossa linhagem. — Genos revelou lentamente.
Há realmente dez delas?
Por dentro, Eugene ficou surpreso com isso, mas apenas assentiu com uma expressão calma e perguntou:
— Então, quais são?
Ligeiramente desconfiado, Genos fez uma pausa antes de continuar.
— Como o Irmão Sênior deve saber, já que viu o manual secreto, as técnicas de Sir Hamel são baseadas no uso de mana, não de armas. Como tal, seu uso não pode ser limitado por qualquer arma que use—
Eugene o interrompeu:
— Como você disse, eu já sei de tudo isso. Então, por que não me diz quais são as dez técnicas logo?
“Eu realmente tinha dez técnicas?” Eugene perguntou a si mesmo em dúvida.
Não importava o quanto ele coçasse a cabeça, Eugene realmente não conseguia entender em que essa afirmação se baseava. Em primeiro lugar, a única técnica que havia desenvolvido em sua vida anterior que sentia ser significativa o suficiente para dar um nome era Ignição, tudo o mais que havia usado em batalha era apenas ele lutando de acordo com a situação e o que tinha em mãos. Então, que maldito inventou dez técnicas para serem transmitidas pela família de Genos?
Cada vez mais desconfiado, Genos finalmente recitou.
— A técnica final do estilo Hamel, Ignição.
— Estilo Hamel…? Que diabo é isso? — Hamel exigiu.
— Quer dizer que não sabe? O estilo Hamel é tudo o que nosso grande ancestral ensinou ao fundador da minha família. — Explicou Genos.
— Esse nome, poderia ter sido… Foi nosso grande ancestral que falou pessoalmente esse nome a esse conjunto de técnicas? — Eugene perguntou ressentido.
Genos deu de ombros.
— Eu não posso ter certeza disso, mas desde o início, o nome que foi passado por nossa família é o estilo Hamel.
Eugene deixou cair o rosto em suas mãos quando foi dominado pelo constrangimento, “Vermouth… Vermouth, seu filho da puta. Se você fosse colocar um nome nelas, deveria ter escolhido um bom. Mas de todas as coisas, você foi logo com Estilo Hamel…? Ficou louco?”
Ignorando a preocupação de Eugene, Genos continuou:
— Estilo Hamel Número Um: Aparar de Mana.
— …
Eugene silenciosamente permitiu que ele continuasse.
— Estilo Hamel Número 2: Mil Palmas de Trovão.
— Oh, filho da puta. — Eugene não aguentou continuar ouvindo e teve que tapar os ouvidos com as mãos de vergonha.
Observando isso, Genos inclinou a cabeça com uma expressão confusa no rosto e perguntou:
— Irmão Sênior? Qual é o problema?
— Não… É que… Porra… Aargh… Só… Só continue. — Eugene finalmente se acalmou e ordenou que Genos continuasse.
Mil Palmas de Trovão? Mil Palmas de Trovão?
“Quando exatamente eu criei uma habilidade como essa?”
Não importava o quanto vasculhasse suas memórias, Eugene não conseguia se lembrar de um único momento em que já gritou, ‘Mil Palmas de Trovão!’ Enquanto brandia sua arma.