Reencarnação Maldita - (Novel) - Capítulo 414
Capítulo 414
O Campo de Batalha (8)
Eugene havia sentido isso enquanto lutavam. Moron era o único que podia lutar como um igual ao Eugene atual. Era alguém que Eugene não sentia garantia de derrotar mesmo se desse o seu máximo. Na verdade, Moron poderia ser a única pessoa neste mundo inteiro que realmente poderia superar Eugene.
Havia muitos guerreiros talentosos na proximidade de Eugene, como Carmen, Gilead e Alchester. No entanto, era impossível até mesmo para Carmen, a mais forte dos três, lutar contra Eugene como Moron tinha feito.
Nesse sentido, Moron se tornou o melhor oponente de Eugene para um treino. Ele era forte o suficiente para lidar com a maioria dos ataques de Eugene, e mesmo se um ataque conseguisse passar pela guarda de Moron, não havia necessidade de se preocupar com a vida dele.
— Eu sabia que você diria isso. — Disse Moron, levantando-se da cadeira com um grande sorriso.
Ele então pegou seu machado, que estava encostado em uma das paredes.
Boom!
Com o cabo do machado plantado no chão, Moron empurrou o peito para fora.
— Hamel, eu sei exatamente por que você está dizendo que quer viver aqui. Essa coincidência ou sentimento que você mencionou, você está ficando aqui para ter controle total sobre isso, não é?
Eugene hesitou.
— Uh… é verdade, mas…
— Está bem então! Eu, Moron Ruhr, darei o meu melhor para ajudá-lo com este treinamento. — Moron soltou um grito apaixonado.
Uma vez que todos os seus antigos companheiros partissem, Moron ficaria sozinho novamente nesta montanha. Agora que ele havia se livrado de sua loucura, Moron podia não ser mais atormentado pela solidão como antes… mas mesmo assim, quando pensava em ficar ali sozinho, uma sensação de solidão parecia surgir lentamente do fundo de seu coração.
Eugene tomou essa decisão sem buscar nenhum conselho. Ele sentia que essa era uma ação absolutamente necessária para ele tomar, mas considerando que tinha companheiros de viagem com ele, agora percebia que poderia ter sido mais sensível. Não era como se ele não tivesse motivo para tomar essa decisão, então não deveria haver uma oposição séria, mas preocupado que Sienna ou Anise pudessem bater em sua cabeça por seu descuido, Eugene virou-se para olhá-las.
Mas as expressões das duas eram tão aceitáveis que todas as suas preocupações pareciam risíveis. Isso porque ambas sabiam que Eugene não decidiria ficar nesta caverna sem motivo algum.
Além disso, mesmo que ele não tivesse nenhum motivo particular para ficar nesta caverna, Sienna e Anise não o culpariam por falta de motivo.
Afinal, Moron era quem originalmente vivia nesta caverna. Se não houvesse nada urgente para fazer, tanto Sienna quanto Anise estariam dispostas a passar o tempo que fosse possível nesta caverna úmida se fosse para o bem de Moron.
— Estou bem em ficar nesta caverna, mas primeiro precisamos fazer mais alguns quartos. — Insistiu Anise ao se levantar.
Essa condição era algo com o qual ela se recusava a recuar.
— Quartos? Que tipos de quartos? — Moron perguntou, piscando os olhos confuso enquanto se virava para Anise.
Anise franziu a testa.
— O que você quer dizer com ‘que tipo de quartos’? A palavra ‘quarto’ tem algum outro significado? Moron, você realmente achou que todos ficariam juntos neste único cômodo?
Essa pergunta fez Moron piscar os olhos ainda mais rápido.
Seus olhos ainda piscando rapidamente em confusão, Moron inclinou a cabeça para o lado e perguntou:
— Há… algum problema com isso? Nos velhos tempos, todos costumávamos dormir juntos—
Anise gritou:
— Por que diabos você está trazendo algo de tanto tempo atrás?! Naquela época, nem estávamos devidamente abastecidos e tínhamos que caçar bestas demoníacas para comer! Além disso, estritamente falando, os lugares onde dormíamos naquela época nem poderiam ser chamados de quartos! Porque costumávamos dormir no meio de qualquer espaço amplo que pudéssemos encontrar no Domínio Demoníaco!
Moron gaguejou:
— E-E qualquer caso, costumávamos todos dormir juntos naquela época—
Anise falou novamente:
— Eu sei que é tarde demais para trazer isso agora, mas sempre odiei dormir no mesmo lugar que vocês dois. Por que diabos os dois tinham que roncar tão alto…!
— Eu… eu não ronco. — Eugene falou rapidamente para se defender, mas mesmo ele não teve escolha a não ser admitir que o ronco de Moron sempre foi ensurdecedor.
Tanto que até tinham que colocar uma barreira à prova de som porque ficavam preocupados que o som de seu ronco pudesse atrair bestas demoníacas.
— Sim, Hamel, vou admitir que você está certo. — Anise cedeu. — É verdade que você não ronca tanto assim. No entanto, você não percebeu ainda que tem péssimos hábitos de sono? Foi sorte que Moron sempre foi o que dormia ao seu lado. Se fosse qualquer outra pessoa, todo o corpo deles teria sido despedaçado pelos chutes que você dá enquanto dorme.
— Aquilo… aquilo não podia ser evitado. — Eugene insistiu debilmente. — Eu precisava ficar alerta, mesmo enquanto dormia, e isso me levou a lutar nos meus sonhos, então—
Anise o dispensou com a mão.
— Por favor, pare com as desculpas ridículas, Hamel. Também estou mais do que disposta a ficar com Moron nesta caverna, mas não vou recuar em conseguir meu próprio quarto.
Se ela tentasse armar uma barraca do lado de fora, acabaria sendo perturbada pelos vendavais altos e ventosos.
Anise suspirou.
— Derrube a parede ali para criar mais uma sala e conecte-a às termas. Ficarei satisfeita com isso…
— Você não precisa de um banheiro? — Moron perguntou, ainda piscando os olhos.
No momento em que essas palavras saíram de sua boca, Anise se levantou abruptamente. Ela se aproximou de Moron e parou bem na frente dele, olhando para cima para o queixo de Moron que se erguia a alguma distância acima do dela.
Com um sorriso fino, Anise estalou os dedos na direção de Moron, que simplesmente inclinou a cabeça para ela, perplexo.
Pah!
Seu tapa atingiu a bochecha de Moron.
Embora ele tivesse permitido ser atingido assim, Moron ainda não tinha ideia do que havia feito de errado para merecer tal tapa. Dito isso, ele também não pretendia perguntar a Anise o motivo. Isso porque Moron acreditava que tinha que haver uma boa razão para ela tê-lo atingido.
— Sienna, por que você não está dizendo nada? — Anise virou-se para Sienna enquanto voltava para o assento, sacudindo a palma da mão que doía.
Era verdade que Sienna ainda não havia dito nada diante da decisão repentina de Eugene e estava apenas sentada lá com uma expressão séria no rosto.
— Eu… — Sienna começou a falar lentamente, enquanto esfregava o queixo pensativamente. — Estou pensando em ir para Aroth.
Quem poderia esperar que Sienna, de todas as pessoas, realmente diria algo assim? Anise, em particular, foi além de surpresa e ficou pasma. Sienna Merdein, aquela Sienna Merdein, estava realmente considerando deixar Hamel para trás e seguir sozinha?
— Por que Aroth? — Eugene perguntou, também confuso com isso.
Sienna cruzou os braços e disse com um bico nos lábios:
— Sinto que sou muito fraca.
Eugene zombou:
— Que tipo de absurdo ridículo é esse…?
Esta era Sienna Merdein, a criadora da Fórmula Mágica dos Círculos e a única Arquimaga de Nono Círculo em todo o continente. De todos os magos vivos nesta era, não havia um mago tão forte ou talentoso quanto Sienna.
— Como a Sábia Senhorita Sienna, ninguém sabe melhor do que eu o quão maravilhosa eu realmente sou. No entanto, Eugene, assim como você, eu não tenho intenção de ficar satisfeita com o meu nível atual de força. — Explicou Sienna.
Durante a batalha contra Iris, que se transformara em uma Rainha Demônio, Sienna conseguiu desempenhar um papel importante, mas não possuía a força decisiva necessária para determinar o curso da batalha. Mesmo levando em conta o fato de que seu Eternal Hole estava danificado, Sienna ainda estava irritada por, com toda a sua magia, não ter conseguido superar alguém como Iris.
Ela sabia que isso era natural e inevitável. Era quase impossível para um mago humano, que possuía reservas limitadas de mana, ganhar vantagem contra um Rei Demônio, que possuía reservas quase infinitas de poder negro.
Sienna era a única maga que já conseguiu superar tal impossibilidade. O método escolhido por Sienna para fazer isso foi reforçar suas reservas limitadas de mana com o Eternal Hole e, em seguida, prosseguir para pressionar o Rei Demônio, acumulando seus feitiços elaboradamente construídos.
Isso teria sido o suficiente se estivessem enfrentando apenas Reis Demônios de baixo nível.
Mas de agora em diante, os Reis Demônios que Sienna teria que enfrentar não seriam nada como aqueles Reis Demônios de baixo nível. Havia o Rei Demônio do Encarceramento, que existia desde a Era Mítica e sobrevivera até os dias atuais. Então havia também o Rei Demônio da Destruição, aquele que encerrou aquela Era Mítica.
Sienna honestamente se sentia inadequada. Afinal, Hamel, ou melhor, Eugene, continuava ficando mais forte. E mesmo que já estivesse tão forte, ainda parecia ter espaço para crescer cada vez mais.
Por outro lado, o que dizer de Sienna? Ela estava no Nono Círculo. De acordo com a Fórmula Mágica dos Círculos que Sienna mesma desenvolvera pessoalmente, não havia um nível superior após o Nono Círculo. Todos os feitiços que a humanidade já conseguiu compreender e controlar só iam até esse mesmo Nono Círculo. Na verdade, ao longo dos últimos trezentos anos, embora quase todos os magos em todo o continente tivessem praticado a Fórmula Mágica dos Círculos, Sienna era a única que já havia alcançado o Nono Círculo. Mesmo aqueles reconhecidos como os Arquimagos de sua época só haviam alcançado o Oitavo Círculo.
No entanto, isso não significava que o Nono Círculo era o fim da linha quando se tratava de magia. O Nono Círculo era apenas até onde a Fórmula Mágica dos Círculos se estendia, que era obra de Sienna. Se nem o Nono Círculo seria suficiente nas batalhas que viriam, Sienna não teria escolha senão ultrapassar esse nível e desafiar os mistérios mais profundos da magia.
— Eu tive esse sentimento depois de ver você e Moron lutarem hoje. — Disse Sienna com uma expressão séria ainda estampada em seu rosto.
Entre esses companheiros de trezentos anos atrás, não havia um único deles que não tivesse um forte senso de autoestima. Isso porque todos eles conseguiram atingir o auge de seus respectivos campos e não poderiam ter atingido os níveis que atingiram sem possuir tal autoestima.
— No momento, pode até estar próximo, mas se você ficar ainda mais forte, Eugene, será difícil eu acompanhar você. Como o que aconteceu agora, eu… ainda não entendi como você foi capaz de enviar parte do machado de Moron voando. — Admitiu Sienna.
Fazia sentido que Moron não fosse capaz de ver o que aconteceu, já que a espada de Eugene tinha passado por ele rapidamente, mas mesmo Sienna, que estava olhando para eles de cima, não conseguira ver através do último movimento de Eugene.
Independentemente do fato de Sienna ter passado grande parte de sua vida presa impotente dentro de um selo ou de ser uma maga em vez de uma guerreira, Sienna se recusava a reconhecer ou aceitar que havia tanta diferença de força entre ela e Eugene.
— Os magos de Aroth podem ser crianças pelos meus padrões, mas, bem, o nível desses Arquimagos é melhor do que eu pensava. Se eu for para Aroth, então mesmo os Arquimagos de outros países — por mais unidimensionais que sejam — e outros Arquimagos que se isolaram podem vir procurar se juntar ao nosso grupo, certo? Então é por isso que, enquanto você fica aqui, eu estarei em Aroth. — Decidiu Sienna firmemente.
Entre os magos desta era, pode não haver nenhum com mais talento do que Sienna, mas, mesmo assim, Sienna não tinha a intenção de desprezar a magia desta era.
No final, como os feitiços que Sienna normalmente usava eram todos de trezentos anos atrás, ela precisava absorver alguns dos estilos mais modernos de magia se quisesse avançar para um nível mais alto.
— Se você diz isso, não parecemos estranhas por decidirmos ficar aqui? — Anise disse desconfiada, lançando um olhar de soslaio para Sienna com os olhos semicerrados. — Mas mesmo assim, não vamos voltar para Yuras. Afinal, ao contrário de você, que pode encontrar uma maneira de avançar na sua magia por meio de Aroth, Kristina e eu não temos nada a ganhar em Yuras.
O máximo que Anise e Kristina poderiam fazer ao retornar a Yuras seria treinar a Radiância Graciosa.
Mas, falando honestamente, Anise e Kristina não eram muito habilidosas quando se tratava de ensinar ou treinar alguém. Para reforçar as características da Radiância Graciosa como um esquadrão suicida, seria melhor permitir que Raphael, o fanático inigualável, assumisse o controle total do treinamento.
Além disso… ela talvez pudesse fazer uma peregrinação aos vários locais sagrados ao redor de Yuras? Não era como se uma peregrinação desse tipo não pudesse ser útil para desenvolver seu poder divino e fé, mas ainda seria de pouca utilidade para ela como uma Santa. Se ela realmente quisesse praticar seu poder divino e milagres, seria mais útil ficar nesta caverna e curar Eugene, que estava prestes a levar muitas pancadas.
[Tenho a mesma opinião, Irmã,] concordou Kristina.
“Sim, isso também é uma grande oportunidade para nós. Enquanto Sienna, com todas as suas inibições, estiver ausente, nós e Hamel estaremos sozinhos juntos nesta caverna”, Anise pensou de volta com um sorriso.
Kristina gaguejou, [O-O Sir Moron não ficará conosco também?]
Anise ignorou suas preocupações, “Moron tem outras prioridades, não tem? Sempre que aqueles monstros, os Nur, aparecerem, Moron não terá escolha a não ser sair da caverna. Então, o que você acha que Hamel estará fazendo nesse meio tempo? Permita-me responder a essa pergunta. Ele não estará fazendo nada. Ele apenas ficará nesta caverna conosco.”
[E-E-Entendi,] Kristina engasgou, percebendo.
Anise tramava, “Precisamos aproveitar esses momentos. Por exemplo, enquanto Moron estiver ausente… e se tomarmos um banho na banheira de água quente dentro do nosso quarto? Então pedimos a Hamel, que estará esperando do lado de fora, para trazer uma de nossas toalhas. Hamel não deveria recusar um pedido assim.”
[Como… que vergonha!] Kristina exclamou de dentro de suas mentes.
Desde que Anise recuperou a consciência, Kristina gradualmente percebeu o quão temível era a verdadeira natureza da Santa, mas ainda não conseguia imaginar que Anise teria fantasias tão luxuriosas.
“Eu sei o que você realmente está sentindo, Kristina, então não finja que não gosta da ideia”, provocou Anise.
Kristina negou imediatamente, [Isso não é verdade, Irmã. O pensamento que me faz sentir tão alegre é minha esperança de que minha habilidade em magia sagrada cresça enquanto trato o Sir Eugene… Também estou feliz porque penso que, dessa forma, serei útil ao Sir Eugene.]
Enquanto estava nos Mares do Sul, Kristina recebeu um Estigma em sua palma. No entanto, o estigma ainda não estava totalmente desenvolvido, pois parecia crescer junto com o crescimento de Kristina.
“Ah, então é isso. Kristina, você realmente gosta de tratar do Hamel enquanto ele está coberto de sangue, não é?” Anise pensou com uma risada travessa.
Embora parecesse uma piada, suas palavras eram totalmente sérias, e em vez de retrucar, Kristina só podia oferecer uma oração.
— Se você for para Aroth sozinha, isso não será muito solitário? — Eugene perguntou.
— Não realmente. — Sienna deu de ombros. — Deixarei Mer com você quando eu for, então poderei falar com você a qualquer momento. Você também disse que não planeja ir para o deserto de Nahama dar o primeiro passo, certo?
Swish.
Sienna virou a cabeça para olhar para um canto da caverna. Lá estava uma cama que Eugene tirara de seu manto, e tanto Mer quanto Ramiria estavam deitadas nessa cama, dormindo lado a lado.
Embora, como familiar, Mer não pudesse realmente dormir. Se ela realmente sentisse a necessidade, ela poderia se desligar por um tempo, mas era só isso.
Atualmente, Mer estava deitada ao lado de uma Ramira profundamente adormecida com os olhos bem abertos, ouvindo a conversa em andamento.
Sienna continuou:
— Se acontecer alguma coisa, você pode pedir a Mer para entrar em contato comigo, e eu posso encontrá-lo em Nahama.
Enquanto dizia isso, Sienna trocou olhares secretos com Mer.
Sienna também tinha suas próprias preocupações com as Santas de personalidade dupla. Se aquelas duas pretendiam tentar progredir ainda mais enquanto Sienna estivesse ausente… só de imaginar isso, seu corpo começava a tremer de medo. Ao mesmo tempo, sentia como se uma chama negra estivesse se erguendo dos cantos mais sombrios de seu coração, mas Sienna se recusava absolutamente a reconhecer tais sentimentos.
“Você sabe o que fazer, certo?” Sienna comunicou-se com Mer.
[Sim, Senhorita Sienna. Eu definitivamente vou impedir os planos delas,] Mer respondeu, reunindo sua determinação.
— Hamel. — Moron, que estava sentado, esfregando a bochecha que Anise havia batido, de repente falou. — Sobre a Era Mítica que você lembrou, não havia nenhum rastro nosso?
Moron parecia estar esperando uma resposta positiva.
Naquele passado distante, seu companheiro, Hamel, conseguiu ascender ao posto de Deus da Guerra e deixou sua marca no mundo. Se fosse possível que as almas reencarnassem daquela era, Moron também poderia ter sido vivo naquela Era Mítica?
Eugene hesitou.
— Pode ter havido… mas eu não consigo me lembrar completamente.
Não era como se Eugene não tivesse nenhuma suposição sobre indivíduos específicos. Havia um Deus dos Gigantes cuja impressão ainda persistia em um canto da memória de Agaroth. A impressão que Agaroth tinha do Deus dos Gigantes tinha muitas semelhanças com a impressão que Eugene tinha de Moron.
No entanto, ele ainda não podia ter certeza. Como as memórias de Agaroth estavam completamente fragmentadas, não havia muita informação sobre que tipo de pessoa o Deus dos Gigantes realmente tinha sido.
O mesmo valia para a Sábia. Se tivesse que comparar com a era atual… então o Deus dos Gigantes se assemelhava a Moron, e a Sábia lembrava Sienna. No entanto, Eugene ainda não conseguia ter certeza absoluta de que aqueles dois haviam reencarnado em Moron e Sienna.
Se isso acabasse sendo o caso, Eugene sentia que não ficaria certo para ele. Porque — se realmente existisse tal paralelo entre eles — parecia que o destino poderia estar se repetindo.
“Quanto à Santa”, Eugene pensou.
No final, Agaroth tinha pessoalmente tirado a vida da Bruxa do Crepúsculo. Eugene inconscientemente olhou para Kristina e Anise.
Embora seu papel como a Santa fosse o mesmo, Eugene sentia que essas duas eram completamente diferentes da Bruxa do Crepúsculo. Claro, seria estranho se a pessoa reencarnada fosse exatamente a mesma que havia sido na era mítica, mas…
“E o mesmo vale para Vermouth”, Eugene franziu o cenho.
Eugene não conseguia pensar em ninguém que compartilhasse alguns paralelos com Vermouth. Se ele conseguisse lembrar todas as memórias de Agaroth, seria capaz de encontrar alguém com alguns pontos correspondentes?
Eugene não queria necessariamente arriscar algo assim.
Ele não queria gastar muito tempo lembrando da era destruída.
Ele já estava amarrado com mais do que o suficiente do passado. Não queria ser sobrecarregado por ainda mais bagagem histórica.