Reencarnação Maldita - (Novel) - Capítulo 342
Capítulo 342
Ciel Lionheart (1)
Em primeiro lugar, ela dispensou os guardas e subordinados da mansão. Embora fosse uma decisão repentina, eles foram prometidos generosas indenizações. Como tal, aceitaram ser demitidos sem muita resistência.
Tendo saído vitoriosa na partida de ontem, Ciel acumulou pontos suficientes para desafiar gladiadores de classificação mais alta. Como tal, ela anunciou publicamente que treinaria em um lugar secreto para o próximo torneio de classificação.
É claro que Ciel não tinha a intenção de se preparar para o torneio de classificação. Não haveria como ele acontecer de qualquer maneira. Embora ainda não fosse conhecida pelo mundo, não demoraria muito até o anúncio formal da subjugação da Imperatriz Pirata se tornar público, com a Guilda Anã pressionando ativamente por isso.
Provavelmente, outros gladiadores de alta classificação participariam da expedição também.
Em primeiro lugar estava Ortus, o Comandante dos Cavaleiros da Maré Violenta. Como o cavaleiro mais forte e excepcional de Shimuin, Ortus não teria escolha a não ser liderar a expedição, gostasse ou não.
Em segundo lugar não estava um cavaleiro, mas um mercenário, Ivic Slad, o líder dos Mercenários Slad. Ele era conhecido como o Rei Mercenário. Não havia como uma figura tão formidável, que buscava ativamente guerras, perder um evento em larga escala como esse.
Pelas informações que Ciel reuniu, nenhum dos gladiadores de alta classificação, incluindo os seis acima dela, estava relutante em participar da expedição. Todos estariam presentes, exceto o que estava em quarto lugar — que se especulava estar morto ou sequestrado por Íris.
— Ufa. — Ciel enxugou o suor da testa.
Ela nunca recusou treinamento, nem mesmo quando estava com o clã Lionheart no Castelo dos Leões Negros. No entanto, o novo currículo que ela desenvolvera desde que se juntou a Shimuin era, sem dúvida, muito mais rigoroso do que seu treinamento anterior.
Mesmo Carmen, que ajustou o currículo, parecia surpresa, e Dezra, que começara com ela, saiu tremendo depois de não durar mais do que quatro dias.
No entanto, por quase um ano, Ciel não recuou uma vez do treinamento exigente. Os campos de treinamento da mansão não eram um ambiente tão áspero e permitiam que ela aumentasse gradualmente a intensidade, espremendo cada pedaço de força e espírito.
“Possibilidade…”
Com seu corpo e espírito imersos no treinamento, sua mente divagava com muitos pensamentos.
Ela achava altamente provável que a expedição levasse à morte da Imperatriz Pirata.
Ela honestamente não via muita chance se a expedição fosse composta apenas pelos guerreiros de Shimuin. No entanto, com Carmen, Eugene, Kristina e até a Sábia Sienna se juntando à expedição, as forças expedicionárias foram elevadas a outro nível.
“Mas e eu?”
Ciel soltou a espada que estava segurando, expondo suas palmas ásperas. Ela usou essas mãos para gentilmente limpar seu corpo, que pingava suor como chuva. Ela não queria se considerar insignificante ou pequena.
Mas agora, não podia deixar de pensar assim.
Ciel Lionheart.
Ela era descendente da renomada linhagem Lionheart. Era discípula do Leão Prateado, Carmen Lionheart, e a mais jovem Leão Negro. Da mesma forma, ela também era a mais jovem das Doze Melhores de Shimuin.
No entanto, o título ‘mais jovem’ refletia inerentemente a possibilidade dela ser imatura ou inexperiente. Ciel não negava esse fato. Ela ainda tinha vinte e um anos e não havia acumulado experiência suficiente.
“Eu poderia ser útil?”
Esse pensamento atormentava Ciel desde o amanhecer. Ela desejava não se deter sobre tais ponderações, e, se possível, queria desviar o olhar, ignorar os pensamentos crescentes. Mas ela não conseguia. Não importava o quanto tentasse descartar as dúvidas, elas voltavam com força total.
“Eu posso realmente ir com eles?”
Foi Ciel quem primeiro declarou seu desejo de acompanhá-los. E ela não tinha intenção de retratá-los agora. Afinal, apenas seguir era algo que qualquer um poderia fazer. Quanto aos perigos? Se alguém se escondesse bem o suficiente, os perigos poderiam ser evitados. Mas o desejo de Ciel não era tão simples. Ela queria ficar ao lado de Eugene. Assim como seu irmão mais velho, Cyan, fizera, Ciel queria enfrentar guerras e perigos com Eugene.
Ela havia recebido uma carta de seu irmão. Estava cheia de histórias da Floresta Samar, mas mais do que as proezas de seu irmão, a carta mencionava a habilidade e força de Eugene.
Ciel invejava seu irmão. No final, Cyan lutou ao lado de Eugene, alcançou a vitória e cresceu como um guerreiro formidável. Através disso, ele mostrou suas conquistas a Eugene e recebeu reconhecimento.
Pelo que ela conseguia se lembrar, ou talvez desde o começo, esse havia sido o relacionamento entre Eugene e os gêmeos. Embora os três fossem da mesma idade e irmãos, nunca estiveram em pé de igualdade. Era natural para Cyan e Ciel seguir Eugene e procurar seu reconhecimento por suas conquistas duramente conquistadas.
—Você melhorou bastante.
Ciel nunca se ofendeu com esse comentário. Pelo contrário, ouvi-lo era bom, como se o vasto abismo entre eles diminuísse a cada palavra de elogio.
Mas essas eram histórias de sua juventude. As ambições de uma criança diferem das de um adulto, tanto em magnitude quanto em direção. Ciel já não era mais a mesma criança.
Naquela terra árida e coberta de neve, quando ela chorou copiosamente, Ciel percebeu que já não era mais a menininha que sorria de alegria com os elogios de Eugene.
— Pensamentos inúteis.
Uma voz chamou de cima. Ciel olhou para cima enquanto enxugava o suor das palmas das mãos. Se fosse em Kiehl, o último mês do ano os cumprimentaria com neve ou ventos frios cortantes. Mas em Shimuin, mesmo dezembro era marcado por um sol escaldante.
Sob o céu brilhante, sua visão se estreitou ligeiramente contra a luz solar intensa. Ela avistou Eugene. Ele estava se inclinando para fora de uma janela enquanto a observava.
— Consigo sentir suas distrações. — Disse Eugene.
— Do que diabos você está falando? — Perguntou Ciel.
— Você está fingindo não saber, ou realmente não sabe? Se for o último, ficarei bastante desapontado. — Sua voz estava cheia de travessura.
Fazendo beicinho, Ciel usou o pé para chutar a espada do chão.
— Apenas distraída por um momento. — Resmungou enquanto pegava sua espada no meio do ar. Eugene sorriu, inclinando-se ainda mais para fora da janela.
— Você pode se dar ao luxo de se mostrar assim? — Perguntou Ciel.
— Qual é o problema com isso? — Disse Eugene.
— Você queria ficar escondido, lembra? Embora eu tenha dispensado todos os guardas e subordinados, minha mansão ainda está sob os olhos atentos dos paparazzi, não está? — Lembrou Ciel.
— Não se preocupe com isso. — Disse Eugene.
Sienna já havia preparado vários feitiços por toda a mansão e seus arredores desde manhã. Nem mesmo os famosos mestres de torre de Aroth conseguiriam espiar dentro das paredes da mansão.
— Essa magia é realmente útil, não é? — Comentou Ciel.
— Por quê? Se arrependeu de não tê-la aprendido você mesma?
— Taaaarde demais. Pelo menos aprimorei minhas habilidades com a espada. Se eu tivesse me metido em magia e não fosse destinada a isso, teria me saído pior.
Ciel sorriu enquanto levantava a camisa para revelar um abdômen esculpido para Eugene, que rapidamente virou a cabeça, pego de surpresa. Não era estranho que Ciel enxugasse o suor usando sua camisa. Mas agora, ela estava claramente fazendo isso com uma intenção específica.
Ciel sentiu uma sensação atrevida de satisfação quando percebeu o momento de embaraço de Eugene.
— Agindo assim com a sua idade? — Disse Eugene.
— Qual é o problema? Você nunca se importou quando éramos mais jovens. — Retrucou Ciel.
— Quando eu já não me importei? Revelar sua pele assim depois de suar, você pegará um resfriado. — Disse Eugene.
— Um resfriado? Nesse calor? — Disse Ciel.
— Os resfriados de verão costumam ser os piores. — Resmungou Eugene antes de lançar uma toalha seca para Ciel, que a pegou sem esforço, tudo enquanto segurava sua camisa com os dentes.
— Você está tentando exibir seu abdômen? — Perguntou Eugene. Seu olhar meio desviado pegou o abdômen de Ciel brilhando de suor, e ele comentou: — Desculpe, mas os meus são melhores que os seus.
— O quê? Eu não estou tentando exibir. Está apenas calor, certo? — Exclamou Ciel.
Isso não era totalmente verdade. Ciel encontrava diversão nas tentativas de Eugene de evitar seu olhar e queria continuar provocando reações. Eugene já havia visto o suficiente das travessuras brincalhonas de Ciel desde a infância. Mas usar o próprio corpo para tais brincadeiras nessa idade…
— Onde você aprendeu coisas tão ruins? — Eugene resmungou antes de apontar o dedo para Ciel. Uma rajada de vento rápido irrompeu do dedo de Eugene, então girou ao redor de Ciel. O suor persistente evaporou, e a camisa que Ciel tinha mordido encontrou seu caminho de volta ao seu lugar adequado.
Depois de confirmar que sua pele nua não era mais visível, Eugene travou olhares com Ciel.
— Mantenha-se expondo assim, e ninguém vai querer se casar com você. — Ele disse.
— O que você quer dizer?
— Já passou da hora de você pensar em se estabelecer. Ouvi dizer que Cyan estará indo para Ruhr em breve. — Continuou Eugene.
— O quê? Ele está planejando se casar com a jovem princesa de Ruhr? — Ciel respondeu incrédula.
A princesa, Ayla Ruhr, era filha do Rei Besta Aman Ruhr. Ciel a encontrou uma vez antes dela partir de Ruhr. Felizmente, a Princesa Ayla não se parecia com seu feroz ancestral Moron ou seu pai, o Rei Besta, e era agraciada com um charme e beleza únicos.
Ela era adorável e cativante.
Ela era uma menina adorável e cativante com apenas onze anos.
— Não é um casamento imediato. — Mencionou Eugene. — Ouvi dizer que eles estão apenas noivos por enquanto. Eles se casarão quando a Princesa Ayla completar dezessete anos.
— E pensar que vou ter uma cunhada dez anos mais jovem que eu… — Ciel pensou em voz alta.
— Mas dizem que ela tem uma disposição gentil, certo?
— Eu também era gentil aos onze anos. — Ciel sorriu.
Eugene recordou a Ciel mais jovem e brincou.
— Não me lembro particularmente de você sendo assim.
— Pelo menos ela é melhor do que a princesa de Shimuin, certo?
A princesa Scalia de Shimuin já foi uma possível parceira de casamento para Cyan. No entanto, o noivado foi cancelado quando Cyan expressou veementemente sua desaprovação.
— De fato, ela é uma escolha melhor do que aquela princesa meio louca. — Eugene concordou prontamente.
Ciel sentia a mesma aversão por Scalia. Ela se lembrava das cenas de Scalia massacrando impiedosamente mercenários nas planícies nevadas. Eles haviam sido encorajados pelos pesadelos induzidos pela Rainha dos Demônios da Noite, a insônia resultante e o estresse… Mas nada disso justificava os massacres que ela cometeu.
Além disso, Ciel não podia afirmar com confiança que Scalia não se deliciava com tal derramamento de sangue. A atitude de Scalia enquanto caçava comida nas planícies cobertas de neve não parecia comum para ela.
— Noivado, hein?
Deixando de lado a idade da jovem princesa, a ideia de seu irmão gêmeo mais velho, com quem ela cresceu, ficar noivo parecia estranha para Ciel.
— Ahem.
Indo até a janela, Ciel pendurou a toalha que recebeu de Eugene ao redor do pescoço antes de sorrir.
— Já que estamos nesse assunto, também houve algumas propostas de casamento para mim.
— O quê?
— Oh, nada formal dentro da família. Como eu disse, foi algo semelhante a uma proposta de casamento. Apenas uma sugestão leve, digamos assim… — Ciel estava curiosa sobre a reação de Eugene e continuou com um tom travesso enquanto se apoiava na janela. — Ahem, na verdade, você o conhece. Bem, você está familiarizado.
— Quem?
— Dior Hyman, o filho do Sir Ortus. Ele tem vinte e três anos. Pode não ter uma posição de alta patente, mas isso se deve apenas ao fato de que ele não participa das batalhas. Na realidade, ele é bastante renomado por suas habilidades. — Ciel disse casualmente.
Diga algo, mostre alguma reação. Ciel fingiu indiferença, mas observou Eugene atentamente enquanto avançava. — Sir Ortus sugeriu várias vezes. Ele sugeriu que Dior e eu jantássemos juntos. A razão é bastante evidente, não é?
Eugene suspirou.
— Bem…
— Na verdade, não é apenas o Sir Ortus. Enquanto estava em Shimuin, recebi várias propostas desse tipo. Bem… embora eu nunca tenha aceitado nenhuma proposta, muitos me incomodaram com pedidos para conhecer seus filhos talentosos.
Parecia que eles haviam envelhecido sem perceber.
Eugene sentiu uma complexa mistura de emoções enquanto olhava para baixo para Ciel. Ela não conseguiu discernir exatamente qual sentimento estava escondido por trás de sua expressão.
“Será que eu disse algo desnecessário?”
Ciel balançou a cabeça enquanto limpava a garganta.
— Bem… eu não pensei em casamento. Mas…
E quanto a você?
Ela queria perguntar, mas se viu sem voz. Não era uma pergunta fora de lugar. Era apenas uma simples pergunta alinhada com a conversa deles.
“Não quero ouvir a resposta dele”, Ciel percebeu de repente.
O medo pairava sobre ela. A imagem da noite anterior se repetia constantemente em sua mente.
Ela se lembrava de como a Santa Kristina e a Sábia Sienna estavam fisicamente próximas a Eugene. O que exatamente isso significava? Elas tinham permissão para fazer isso? Ela não sabia e nem queria saber. E temeu a verdade.
Ciel hesitou e depois compôs sua expressão antes de olhar para cima.
— Se você estiver livre, desça aqui. — Ela disse.
Não havia necessidade de pressioná-lo por uma resposta. Ela sempre foi perspicaz, então descobriria a verdade em breve.
Sorrindo como se nada estivesse errado, Ciel disse:
— Não está se sentindo abafado ficando no quarto?
— Eu estava prestes a ficar entediado. — Respondeu Eugene.
— Então, por que não saiu com a Senhorita Sienna e a Senhorita Kristina? — Perguntou Ciel.
— Por que eu seguiria as garotas para fazer compras?
— Bem, você poderia ajudar a carregar as compras delas. — Ciel sorriu para Eugene enquanto enrolava a manga encharcada de suor antes de continuar. — Aha… Você evitou, pensando que poderia ser influenciado por elas?
— De jeito nenhum. — Respondeu Eugene.
— Claro, claro. Quanto à discussão de ontem à noite, acho que é uma boa ideia.
— Pare com essa bobagem. — Eugene disse com uma expressão séria. Seus ombros tremularam momentaneamente. — Você espera que eu me vista de mulher? Você acha que isso faz sentido?
Era um tópico de sua conversa na noite anterior.
Eugene, Sienna e Kristina decidiram não se juntar formalmente à expedição, mas se juntar através de Carmen e Ciel. Entrar para as forças expedicionárias exigia uma verificação rigorosa para guerreiros comuns, mas Carmen poderia facilmente contornar isso.
Quer como cavaleiros livres, mercenários ou subordinados, o grupo de Eugene se juntaria a Carmen e Ciel para a expedição punitiva. No entanto, havia um problema menor — Eugene era o único homem no grupo.
— Se você está escondendo sua identidade, por que não fazer isso direito? Quem suspeitaria do ilustre Eugene Lionheart, o Herói, se juntando à expedição disfarçado de mulher? — Disse Ciel.
— Qualquer pessoa em sã consciência não faria! — Eugene exclamou.
— Exatamente! Nem mesmo a Imperatriz Pirata suspeitaria. Apenas imagine; você disfarçado de mulher e de repente se revelando na frente da Imperatriz, sacando a Espada Sagrada—
Ciel explodiu em risos quando visualizou a imagem.
— Se eu fosse a Rainha Pirata, ficaria tão chocada que nem teria tempo de fugir.
Eugene pressionou os lábios, incapaz de articular uma resposta.
Relutante como estava em admitir — havia uma semelhança de verdade nas palavras de Ciel… Mas ainda assim, se vestir de mulher? Isso não era um passo grande demais?
— Há um mito do norte. — Ciel começou. — De um deus feroz cujo martelo foi roubado por um gigante. Para recuperá-lo, o deus se vestiu de mulher e se infiltrou no covil do gigante, se passando pela noiva do gigante.
— E daí? — Eugene retrucou.
— Até aquele deus valente e selvagem se vestiu de mulher pela própria causa. O que impede um simples mortal como você de fazer o mesmo? Pense nisso, Eugene. Se vestir de mulher pode ser o ato mais masculino que apenas um homem pode realizar.
— Pare com essa bobagem. Por mais que eu pense nisso, não vejo necessidade de me vestir de mulher. Eu poderia me disfarçar de mercenário, ou, se pressionado, apenas me esconder.
— Para se juntar às forças expedicionárias como mercenário, você precisaria de uma classificação. Mesmo com a influência da Senhora Carmen, é algo difícil de mexer. É por isso que a Senhorita Sienna e a Santa Kristina escolheram embarcar no navio como acompanhantes da Senhora Carmen.
— Se é sobre classificação, me registre como gladiador agora. Me dê alguns dias, e garanto que meu nome estará entre os cem primeiros. — Eugene falou entre dentes. — E quanto a você, Ciel, sempre me provocando… Você realmente deseja me ver vestido de mulher desse jeito?
— Sim, eu adoraria ver.
— Você perdeu a cabeça?
— Por quê? Você pode até se sair muito bem. Com certeza, sua estatura e músculos podem ser um problema, mas seu rosto… Bem, é bastante bonito, não é?
— Chega de bobagens. Saque sua Espada da Chuva Fantasma.
Eugene havia terminado a discussão sobre o tópico de se vestir de mulher. Desfazendo os punhos da camisa e arregaçando as mangas, ele chamou Ciel para mais perto.
— Notei no nosso duelo ontem e no seu treino hoje que sua esgrima melhorou. Vamos treinar. Já faz um tempo.