Reencarnação Maldita - (Novel) - Capítulo 260
Capítulo 260
A Duquesa Dragão (6)
Foi só depois que Ramira prometeu em Dracônico não contar a ninguém sobre o intruso e o plano de fuga do Castelo do Dragão Demoníaco que ela finalmente teve permissão para retornar ao castelo.
— Você está aqui.
Todos os Quatro Generais Divinos se reuniram para cumprimentá-la nos portões abertos. Eles, que eram vassalos do Dragão Negro desde trezentos anos atrás, estavam entre os mais leais. Duzentos anos já haviam se passado desde o desaparecimento do Dragão Negro do castelo, e os Quatro Generais Divinos lideraram juntos, atuando como o vice-lorde do Castelo.
As sobrancelhas de Ramira franziram em confusão enquanto ela examinava a multidão de súditos alinhados dentro do portão.
— O que está acontecendo? — Ela perguntou.
Embora reconhecesse os Quatro Generais Divinos entre a multidão de pessoas, o resto era estranho para ela. Estava claro que todos os súditos do Castelo do Dragão Demoníaco haviam se reunido na estrada que levava até lá, mas com que propósito ela não conseguia entender. Enquanto observava a cena diante dela, a expressão de Ramira permaneceu inescrutável, não revelando nada de seus pensamentos íntimos.
— A chegada de um novo lorde deve ser anunciada a todos os vassalos do castelo. — Respondeu um dos Quatro Generais Divinos, um demônio enorme com uma espessa camada de gordura ao redor de seu abdômen. Apesar de seu tamanho, ele falava com um tom educado e comedido. — Agora que você assumiu seu lugar de direito como lorde do castelo, é apropriado que todos saibam de sua nobre existência.
Ramira considerou o demônio pensativo, pesando suas palavras com cautela. O papel desse demônio como um dos Quatro Generais Divinos o marcava como um formidável guerreiro e líder. Na verdade, ele era considerado o mais forte dos quatro. No entanto, duzentos anos de paz claramente afetaram seu físico.
O enorme povo demônio acrescentou.
— Não são apenas os vassalos também. Todos os que vivem na cidade saberão hoje que Vossa Graça se tornou a nova lorde do castelo.
— Os preparativos para sua chegada foram meticulosamente planejados. — Anunciou um dos outros Quatro Generais Divinos. — Nós até fornecemos uma montaria esplêndida para você, para que todos possam contemplar sua graça e beleza.
Seus companheiros generais concordaram com a cabeça, acrescentando seus próprios elogios aos preparativos feitos em homenagem a Ramira. Ela não pôde deixar de sentir uma sensação de prazer com suas palavras, apesar das dúvidas persistentes que sentia sobre o que ouvira do intruso. Ela havia feito uma promessa em Dracônico, mas uma voz incômoda em sua mente continuava a questionar se ela poderia confiar nos motivos do estranho.
— Ouvi rumores de uma guerra iminente. — Disse Ramira, seu tom comedido enquanto se dirigia aos Quatro Generais Divinos. — É por isso que fui escolhida como a nova lorde do castelo? Para se preparar para a batalha?
Ela sabia que sua pergunta não era audaciosa, pois a atmosfera da cidade fora do castelo deixava claro que algo estava errado. Além disso, se os Quatro Generais Divinos tivessem realmente a intenção de manter o conflito iminente em segredo dela, não teriam permitido que ela deixasse o castelo em primeiro lugar.
— Você veio depois de inspecionar pessoalmente a cidade? Como esperado de Vossa Graça! — Respondeu um dos Quatro Generais Divinos.
— Por que não informou esta senhorita sobre a guerra? Eu… Não consigo entender muito bem essa situação. — Disse Ramira.
— Vossa Graça. — Começou um dos Quatro Generais Divinos que ainda não havia falado diretamente com Ramira, dirigindo-se a ela com uma profunda reverência. — Por trezentos anos, o Dragão Negro tem sido o mestre deste castelo, e todos os que habitam aqui, incluindo nós mesmos, são seus vassalos leais. No entanto, já se passaram duzentos longos anos desde que o Dragão Negro desapareceu sem deixar vestígios.
— Durante esse tempo, como os Quatro Generais Divinos, assumimos a responsabilidade de liderar o Castelo do Dragão Demoníaco enquanto esperávamos o retorno de nosso senhor. No entanto, por falta de qualificação adequada, só conseguimos manter o castelo por um triz.
— Seu pai, o Dragão Negro, era um grande e poderoso demônio e, nos últimos duzentos anos, conseguimos preservar a paz no Castelo em seu nome. No entanto… — O General parou, sua expressão grave. — Dois séculos não é pouco tempo, mesmo para os demônios. Como tal, os demônios dos territórios vizinhos perceberam a ausência do Dragão Negro, e eles isso como uma oportunidade de invadir nosso castelo e reivindicá-lo como seu.
Os Quatro Generais Divinos cercaram Ramira e falaram sem descanso. Eles não planejaram dar a ela tempo para pensar ou responder às suas palavras.
— Como Vossa Graça viu, nuvens de guerra estão se aproximando do Castelo do Demônio Dragão.
— O responsável é o Conde Karad. — O Lorde do Feudo Ruol, localizado ao lado do Castelo. Ele é um demônio abominável que não sabe como mostrar respeito e honra a seus predecessores, uma criança que mal balbuciava durante o reinado do Dragão Negro.
— O Conde Karad está planejando uma guerra, sabendo que o Dragão Negro está ausente do Castelo do Dragão Demoníaco. No entanto, se Vossa Graça for coroada como a nova lorde do castelo, o Conde Karad não terá motivos para declarar guerra.
— Vossa Graça é a única carne e sangue do Dragão Negro, um dos dois dragões do vasto Império de Helmuth e a sucessora da linhagem do Dragão Demoníaco. Mesmo que o conde Karad seja louco por guerra, ele não ousará guerrear, se Vossa Graça se tornar a nova lorde.
Suas palavras finalmente pararam por um momento. Ramira finalmente teve a chance de respirar, e assentiu em resposta.
— Se a paz chegar ao Castelo mais uma vez, Sua Majestade, o Rei Demônio do Encarceramento, concederá pessoalmente um título à Vossa Graça.
— Você pode até suceder o Dragão Negro e se tornar a Duquesa.
O coração de Ramira ainda estava balançando enquanto ouvia atentamente as palavras dos Quatro Generais Divinos. Ela considerou cuidadosamente suas palavras, perguntando-se se eles poderiam estar dizendo a verdade.
O argumento deles era certamente plausível. E se estivessem certos? Ramira não tinha muita experiência com guerras, mas sabia que começar uma não era pouca coisa. Ela não pôde deixar de considerar a possibilidade de que o Conde Karad pudesse estar usando a ausência do Dragão Negro em seu benefício. Talvez se tornar o novo lorde do Castelo do Dragão Demoníaco pudesse de fato evitar uma guerra.
— Hum. De fato, todos vocês falam a verdade. Esta senhorita não sabe quem é este Conde Karad, mas ele não ousará guerrear se souber da existência desta senhorita, o sangue do Dragão Negro.
— Tenho certeza.
— Agora, Vossa Graça, por favor, entre no palácio. Temos um esplêndido banquete e uma marcha preparada para recebê-la esta noite.
Ramira entrou no Castelo confiantemente com os ombros largos. Ela realmente não precisava se preocupar com aquele terrível intruso, e com a promessa feita, ela não podia falar sobre ele de qualquer maneira.
“Vou deixar você como garantia, só por precaução.”
O intruso tinha sido violento e rude, mas não havia necessidade de se livrar dele agora. Ela poderia simplesmente encontrá-lo e fazê-lo pagar por seus pecados assim que tivesse certeza de que a guerra seria evitada. No entanto, se a guerra fosse inevitável, ela ainda poderia escapar do Castelo com a ajuda dele.
— Esta senhorita é realmente esperta. — Ramira exibiu um sorriso satisfeito com sua própria sabedoria mundana.
* * *
Quando o sol começou a nascer, a notícia do filhote de Raizakia assumindo o governo temporário se espalhou pelo reino. A notícia partiu do palácio e chegou a toda parte. O conde Karad, um observador perspicaz dos assuntos do Castelo do Dragão Demoníaco, estava entre aqueles que ouviram o boato. À distância, ele olhou para o castelo iminente com uma expressão preocupada, sua testa franzida com preocupação.
O Conde Karad era uma criatura formidável, uma mistura de Gigante e Daemon, fazendo dele um Daemon Gigante. No entanto, sua verdadeira forma trazia consigo uma série de inconveniências, então optou por reduzir seu tamanho para apenas dois metros por enquanto. Apesar de sua estatura menor, não havia como negar o poder absoluto que possuía. Embora não pudesse se igualar ao lendário Treme Terras, Kammash, em termos de tamanho, a verdadeira forma do Conde Karad se elevava sobre a maioria das criaturas com mais de cinco metros de altura.
O homem que estava ao lado do Conde Karad não era um Gigante nem um Daemon Gigante. No entanto, o homem era maior que o conde Karad, e o pelo marrom-acinzentado que cobria todo o seu corpo era grosso e pontiagudo. Em vez de pele, parecia mais agulhas de ferro afiadas.
Apesar do pelo grosso que cobria o corpo do homem, todos os músculos do seu corpo eram bem definidos. Seus braços e pernas pareciam árvores antigas, grossas e nodosas de poder. No entanto, eram suas mãos que eram verdadeiramente intimidantes. Elas eram grandes o suficiente para esmagar a cabeça do Conde Karad, um poderoso Daemon Gigante, com facilidade.
Um odor pútrido de sangue velho emanava do homem, evidência de sua rotina de matar e devorar outros. Ele era um predador em todos os sentidos da palavra. Na verdade, ele estava se banqueteando com a carne de quatro bestas demoníacas e dois demônios apenas algumas horas atrás.
O nome do homem era Jagon, a Besta de Ravesta.
Verdade seja dita, o Conde Karad tinha medo dele. As apostas eram altas na batalha iminente contra o Castelo do Dragão Demoníaco, incluindo o destino do feudo do Conde Karad e sua própria vida. É por isso que ele não poupou despesas ao contratar Jagon e seus subordinados Povo Besta como mercenários. O conde Karad trouxe Jagon ali e ofereceu os demônios de seu próprio território a ele todos os dias como uma refeição.
Apesar de ter contratado Jagon com seu dinheiro, o conde Karad não podia se considerar um verdadeiro empregador. Jagon não tinha título oficial, mas era vassalo do infame Rei Demônio da Destruição, um filho não-filial que até matou seu próprio pai, o Depravado Oberon. Mesmo enquanto estavam juntos, o conde Karad tinha plena consciência de que, se Jagon de repente decidisse se voltar contra ele, poderia facilmente arrancar sua cabeça.
“Ele é perigoso… Mas também esperto.”
Um sorriso brincou nos lábios do Conde Karad enquanto lançava um rápido olhar para Jagon. Ele sabia que o Dragão Negro era o maior curinga na guerra que se aproximava e há muito suspeitava que o poderoso dragão não estava em lugar nenhum. Agora, com a confirmação da ausência do Dragão Negro, o Conde Karad sentiu uma onda de confiança.
Ele ponderou sobre o destino do Dragão Negro, mas o que ele sabia com certeza era que o atual lorde do Castelo do Dragão Demoníaco não era Raizakia, mas sim sua prole, que viveu por aproximadamente duzentos anos.
— Jagon, gostaria de mencionar que chegou uma carta do Castelo. — Disse o Conde Karad.
Jagon ficou parado no lugar por um tempo, olhando para o Castelo do Dragão Demoníaco. Embora o conde Karad tenha ido para ficar ao lado dele, Jagon não lhe deu um único olhar.
Depois de limpar a garganta, o Conde Karad continuou:
— Existem quatro demônios antigos no Castelo. Eles se autodenominam os Quatro Generais Divinos. Eram bastante famosos há trezentos anos, mas foram criados na complacência pelo Dragão Negro, comparados a porcos por causa da paz e do conforto. Eles dizem que não têm intenção de lutar nesta guerra.
Jagon ouviu a situação em silêncio.
— Estão dispostos a se render incondicionalmente. Para provar isso, vão nos dar a filha do Dragão Negro, que acaba de ascender como lorde do castelo… Se estão dispostos a perder tanto, acho que esta pode ser uma boa proposta. Ao invés de ir para a guerra…
A expressão de Jagon permaneceu impassível quando virou a cabeça para encarar o Conde Karad. Seu rosto consistia em uma mistura de feições humanas e de urso, e seus olhos negros não davam nenhuma indicação dos pensamentos que passavam por sua mente.
— Eu vim até aqui para ir para a guerra. — Jagon declarou em voz baixa, suas palavras quase um rosnado. Nenhuma emoção pôde ser encontrada em seus olhos negros enquanto olhava para o Conde Karad. — Se você não está disposto a travar uma guerra, não tenho escolha a não ser entrar em guerra com você.
— Espera, espera! Calma, Jagon. Uma guerra comigo—
— Matarei tantas pessoas do seu feudo quanto o número de pessoas que residem naquele castelo flutuante. — Declarou Jagon.
“Maldito maluco!” Conde Karad pensou antes de forçar um sorriso no rosto.
Ele disse:
— Calma, Jagon. Eu disse… Que era uma boa oferta, mas não tenho intenção de aceitá-la. O objetivo desta guerra é também acabar com aqueles porcos velhos que me enviaram esta carta.
O Conde Karad não estava dizendo isso apenas para apaziguar Jagon, pois ele tinha suas próprias ambições e crenças. Era considerado um jovem demônio em Helmuth e não havia participado da guerra trezentos anos atrás. No entanto, sabia pelas histórias que a guerra massiva tinha sido terrível. Quase todos os demônios de alto escalão de Helmuth eram aqueles que participaram ativamente da guerra, e os Três Duques eram heróis da guerra que sobreviveram trezentos anos depois dela.
O conde Karad não acreditava que todos os que sobreviveram à guerra se tornaram obsoletos. No entanto, sabia que certamente havia demônios entre os escalões superiores de Helmuth que se tornaram fracos nesses séculos de paz. Esses velhos não tinham qualificações ou autoridade reais, mas exigiam respeito e tratamento especial.
A opulência da ostentação da Nobreza era difícil de ignorar. Eles residiam em um grande castelo e desfrutavam de seus privilégios enquanto os habitantes não-privilegiados trabalhavam em Karabloom, para o benefício daqueles que viviam no céu.
Nessa estrutura, a hierarquia era completamente corrompida, começando pelo topo. Era provável que o Dragão Negro estivesse ausente há mais de um século, mas o que os Quatro Generais Divinos realizaram durante a sua ausência?
Eles foram encarregados de administrar o território na ausência do lorde, mas não fizeram nada. Em vez disso, se entregaram ao luxo como porcos gordos e preguiçosos. A guerra contra o Castelo do Dragão Demoníaco seria um passo significativo em direção ao ambicioso futuro do Conde Karad.
Ele não poderia roubar o título do Dragão Negro em sua ausência. No entanto, se o Conde Karad pudesse usar esta guerra para causar a queda do Castelo, ele receberia a atenção de todos em Helmuth.
“Então poderei alcançar uma posição e um título mais altos.”
Seu plano ambicioso começaria aí. A mente do Conde Karad seguiu para outra linha de pensamento enquanto se imaginava entre os mais altos escalões da sociedade demoníaca de Helmuth. Ele sabia que tinha a astúcia e a ambição de subir na hierarquia, e derrotar o Castelo seria o primeiro passo. O conde Karad estava determinado a mostrar aos outros demônios que ele não deveria ser subestimado — que era capaz de grandeza. Um dia, estaria nos picos mais altos de Pandemonium, a capital de Helmuth, ao lado dos Três Duques.
— Isso é diferente do que você disse inicialmente. — Jagon murmurou, fazendo com que os devaneios de planos ambiciosos do Conde Karad se dissipassem rapidamente.
— Conde, você me prometeu uma guerra contra o dragão. — Jagon o lembrou, seu tom inabalável.
— Ramira, a Duquesa do Dragão. Ela também é um dragão—
Jagon o interrompeu, dizendo:
— O dragão que eu queria era Raizakia, o Dragão Negro. O Dragão Demoníaco da era da guerra.
— Até um dragão… Terá carinho por sua filha. Você não acha? Quem poderia imaginar que o Dragão Negro teria uma filha? Além disso, ele fez questão de esconder sua única carne e sangue nas profundezas do castelo, longe dos olhares indiscretos de Helmuth. — Conde Karad continuou enquanto lançava um olhar furtivo para Jagon. — Se você matar a Duquesa Dragão e torná-la conhecida pelo mundo, o Dragão Negro sairá do esconderijo. E mesmo que a Duquesa Dragão seja um filhote, um dragão ainda é um dragão. Ela pode não ser tão forte para sua plena diversão, mas irá deliciá-lo com uma rara amostra do que você está procurando.
— Amanhã. — Disse Jagon. — Atacaremos o Castelo do Dragão Demoníaco.
O conde Karad sentiu uma onda de surpresa com a declaração repentina de Jagon. Eles estavam perto o suficiente do Castelo para lançar um ataque amanhã, mas o Conde Karad sabia que havia protocolos a serem seguidos. Ele precisava responder à carta de uma forma que demonstrasse seu desdém e relatasse à Babel sobre a guerra territorial em curso. Além disso, havia muitos outros preparativos que precisavam ser feitos antes que pudessem lançar um ataque em grande escala.
— Uma emboscada é rápida e limpa. — Disse Jagon com uma voz quase indiferente.
Ele desconsiderou a cautela do conde Karad. Ravesta, de onde Jagon era, era um lugar sem lei, ao contrário do resto de Helmuth, onde as regras e ordens prevaleciam. Era por isso que Jagon acreditava em agir rapidamente sem se preocupar com regras como guerras territoriais ou classificações hierárquicas. Em Ravesta, cada um fazia o que queria; matavam se quisessem matar e comiam se quisessem comer.
— Se dermos tempo a eles depois de declararem guerra, a presa do Castelo do Dragão Demoníaco fugirá. Conde, você contratou a mim e meus subordinados para irmos à guerra. Você terá a honra da vitória, mas eu terei a guerra. — Disse Jagon enquanto inclinava a cabeça.
O cheiro de sangue ao redor de Jagon sobrepujou o olfato do conde Karad.
Jagon declarou:
— Amanhã, atacarei o Castelo do Dragão Demoníaco com meus subordinados. Vou pular para o céu e quebrar essa barreira. Vou matar e comer todos no castelo sem dar tempo para eles fugirem.
— Isso—
Jargon continuou.
— Como prometido, terei o sangue, a carne e o coração da Duquesa Dragão. Vou destruir a cidade depois de matar todos lá dentro. Então, pendurarei a bandeira de sua família. Isso concluirá meu contrato com você.
Jagon não pôde ser persuadido e o conde Karad não queria olhar nos olhos dele de uma distância tão próxima.
O conde Karad deu alguns passos para trás e assentiu.
— Entendo. No entanto, se você quiser invadir o lugar rapidamente, irei com você. Fui eu quem começou esta guerra e será um momento histórico para mim. Então, eu deveria estar presente.
— Contanto que você não fique no meu caminho. — Disse Jagon, seus lábios se curvando em um sorriso torcido.
Ele virou a cabeça mais uma vez em direção ao Castelo. Para ele, o castelo flutuante não era diferente de um prato com tampa esperando para ser saboreado e devorado.